No mês de maio a Uniodonto RS vem trazendo, todas as semanas, matérias sobre o câncer de boca. Um tipo de tumor maligno que pode afetar lábios e estruturas bucais, como gengivas, bochechas, céu da boca (palato), língua (principalmente as bordas) e a região embaixo da língua.
Hoje, no terceiro artigo da série, vamos abordar os tratamentos disponíveis para o câncer da cavidade oral.
Após o diagnóstico de câncer bucal, a equipe médica irá decidir o melhor tratamento e sua duração, que varia conforme o caso.
Para definir os melhores métodos, o oncologista leva em conta as condições de saúde do paciente, a probabilidade de cura, o estágio em que está a doença e os efeitos colaterais, que podem comprometer a fala, a deglutição e a mastigação.
Os tratamentos para este tipo de tumor são cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia alvo, imunoterapia e tratamento paliativo. Cada uma das estratégias pode ser realizada de forma isolada ou combinada.
O câncer de boca precisa de uma equipe multidisciplinar para acompanhar o paciente. Entre as especialidades estão otorrinolaringologista, cirurgião-dentista, oncologista, cirurgião plástico, nutricionista, entre outros.
Como já falamos por aqui, as chances de cura do câncer bucal chegam a 95% quando diagnosticado precocemente. Por isso, é importante estar atento a qualquer sintoma.
A cirurgia normalmente é o primeiro procedimento adotado para remoção do câncer de boca. Ela tem como finalidade a retirada do tumor para que não aumente e se espalhe.
Existem vários tipos de intervenção que podem ser feitas, a mais comum, tratando-se de um tumor pequeno, é a gengivoplastia — retirada de parte da gengiva. Contudo, há outros métodos:
Na maior parte dos casos, depois do procedimento cirúrgico, é preciso reconstruir a região, tanto por questões estéticas, quanto por funções originais, como, falar, mastigar, deglutir. Para isso, músculos ou ossos de outras partes do corpo podem ser usados.
É o uso de uma medicação que atua no sistema imune com o objetivo de atacar às células cancerígenas. Em geral, esse tipo de medicação impede o crescimento e a reprodução das células doentes, além de evitar que elas cheguem a outros órgãos.
Os efeitos colaterais mais comuns são alergias, diarreia, dispneia, acne, febre e hipertensão.
A quimioterapia pode ser usada antes e depois da cirurgia. No pré-cirúrgico atua na redução do tamanho do tumor para diminuir a área de remoção. No pós-cirúrgico age eliminando as células doentes.
Essa terapia também é usada quando existem metástases, sendo complementar a outros tratamentos.
As medicações são por via oral, modalidade em que o paciente pode fazer o tratamento em casa; ou intravenoso, necessitando ir ao hospital.
Como esses remédios atacam também células saudáveis em crescimento acelerado, entre os efeitos colaterais estão a perda de cabelo. Além disso, os pacientes apresentam redução do sistema imune, náuseas, vômitos, diarreia, perda de apetite, inflamação na boca e dores musculares.
A radioterapia utiliza radiações para eliminar ou diminuir o crescimento das células cancerígenas na região da orofaringe. O tratamento geralmente é aplicado sobre a pele.
Esse recurso terapêutico pode causar queimaduras no local da aplicação, além de feridas, perda de apetite, rouquidão e irritação na garganta.
A técnica da imunoterapia consiste na ativação do sistema imunológico do paciente, por meio do uso de medicamentos, para que o próprio organismo elimine a doença. O processo tem como ideia central a redução da toxicidade no corpo.
Os principais tipos de imunoterapia, hoje, são “anticorpos monoclonais, vacinas contra o câncer e as Car T- Cells – células produzidas em laboratório derivadas das mais importantes células de defesa do nosso organismo”, segundo informa a Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde - MS.
Apesar de não mostrar êxito em todos os pacientes, quando apresenta bons resultados, o “efeito pode ser significativo e duradouro, em função da memória imunológica que o sistema passa a ter contra o tumor”, informa o MS.
Esse tipo de cuidado é centrado na qualidade de vida e não no tempo de vida do paciente. Trata-se de um conjunto de práticas de assistência humana aos pacientes com quadros incuráveis. A técnica visa atenuar a dor, melhorar a qualidade de vida e reduzir o sofrimento.
A Uniodonto ressalta que o melhor tratamento continua sendo a prevenção. O segundo melhor tratamento é o diagnóstico precoce. Então, mantenha hábitos saudáveis, evite fumar e não consuma alimentos em alta temperatura. Lembre-se de consultar o cirurgião-dentista regularmente.