O câncer da cavidade oral, popularmente conhecido como câncer de boca, é um tumor maligno. Ele pode atingir garganta, lábios, gengiva, língua, bochecha e céu da boca.
No Brasil, em 2019, mais de 5 mil pessoas morreram em decorrência do câncer bucal. São mais 11 mil novos casos estimados para 2022, segundo o Instituto Nacional de Câncer - Inca.
A doença acomete de forma mais abrupta a população mais pobre. Seja porque não tem acesso periódico ao dentista ou por falta de conhecimento sobre a importância da higiene oral.
Assim como outros tipos de câncer, o diagnóstico clínico precoce é fundamental para um tratamento de sucesso. Para isso, o cirurgião-dentista é o profissional mais indicado.
Fique conosco até o fim e entenda mais sobre o câncer bucal.
Esse tipo de câncer é mais comum em homens acima dos 40 anos, conforme mostram os dados do site do Inca. Por isso, a mortalidade também é superior neste grupo.
A doença se apresenta de forma silenciosa, já que o paciente não sente dores e, por isso, a busca por um profissional de saúde pode demorar. Mas, ela mostra sinais desde o começo.
Os primeiros sintomas são manchas brancas ou vermelhas na parte interna da boca ou nos lábios e feridas que não curam, muito semelhantes a aftas. Lesões abertas na região da cavidade oral há mais de 15 dias podem ser indicativos de problemas.
Outros indícios, como caroços, inchaços, pontos com dormência, sangramentos e dor na garganta persistente estão entre os sintomas.
Quando esse tipo de câncer evolui para fases mais graves, a doença produz mau hálito, dificuldades na fala e na ingestão de alimentos e bebidas e perda de peso.
De forma predominante, no topo das causas do câncer da cavidade oral, estão o tabagismo e o alcoolismo. Mas existem outros fatores de risco.
Cigarros, cachimbos e charutos emitem uma fumaça composta por substâncias cancerígenas, entre elas, estão o alcatrão e os benzopirenos.
Além disso, há um acometimento da mucosa oral com o aumento da temperatura, o que a deixa mais suscetível a essas substâncias tóxicas.
Apesar de não saber o mecanismo direto que faz com que o álcool provoque o câncer bucal, os especialistas sabem que o uso indiscriminado de bebidas alcoólicas facilita a passagem dos químicos do resto do etanol.
Outro fator de risco é o HPV, papilomavírus humano. Uma infecção sexualmente transmissível que pode causar diversos problemas, entre eles o câncer de boca.
O câncer decorrente do HPV afeta principalmente a população mais jovem.
O câncer labial é o mais comum para quem trabalha exposto por longos períodos no sol sem proteção labial. Ele lesa sobretudo a população de pele mais clara.
A falta de uma boa limpeza na boca também é uma condição que pode levar ao câncer na boca.
Isto porque a ausência da higiene bucal favorece o surgimento de inflamações que criam substâncias prejudiciais ao organismo. Além de facilitar o aparecimento de tumores.
Há uma especialidade da odontologia que assiste ao câncer bucal: a estomatologia. Ela trabalha com a prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças da boca.
O estomatologista também participa na redução dos efeitos colaterais derivados do tratamento ou na minimização das sequelas da doença. Por este motivo, é oportuno consultar esse profissional antes de começar as medicações.
A prevenção ainda é um importante fator para reduzir os casos de câncer da cavidade oral. Pequenas atitudes ao longo da vida auxiliam nesse processo:
Como forma de cuidado, há ainda a possibilidade da realização do autoexame:
Abra a boca em frente ao espelho, coloque a língua para fora, verifique se há algum problema nos dois lados. Olhe embaixo da língua e o céu da boca. Use dois dedos para passar nas bochechas e verificar se há alguma mudança.
É fácil e rápido. E ao perceber qualquer alteração ou sintoma, procure imediatamente um profissional de saúde.