O botox, nome popular da toxina botulínica, é uma substância química que atua impedindo a contração dos músculos. Muito utilizado para o tratamento de diversas doenças, tornou-se o principal recurso estético para a redução de rugas e linhas de expressão.
A substância foi descoberta ainda no século XIX, mas seu uso só se popularizou nos consultórios médicos a partir de 1977, quando o botox foi utilizado pela primeira vez para testes no tratamento de estrabismo.
De lá para cá, passou a ser usado para reduzir os sintomas de alterações, como, bruxismo, doenças neurológicas, ortopédicas e oftalmológicas.
Desde 2002, a Food and Drug Administration (FDA) – órgão regulador de medicamentos dos Estados Unidos – aprovou a utilização do botox para fins estéticos.
Segundo o Censo de 2018 da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a aplicação de toxina botulínica aparece como procedimento não cirúrgico mais realizado no Brasil, chegando a 95% dos tratamentos.
Apesar de um importante aliado para a saúde e a beleza, é fundamental que o procedimento seja realizado por profissionais qualificados e habilitados. Tudo isso porque se a aplicação for realizada de forma indevida, podem ocorrer efeitos colaterais, como, paralisação de um grupo muscular.
Saiba como o dentista pode ajudar com o seu botox.
A partir de 2019, o Conselho Federal de Odontologia passou a reconhecer como especialidade odontológica a harmonização orofacial por meio da resolução 198/2019. Portanto, é permitido que os dentistas realizem a aplicação do botox para fins de tratamento do bruxismo, mas também para finalidades estéticas.
Os cirurgiões-dentistas conhecem de forma ampla todos os músculos da face. No entanto, apenas os profissionais especializados em estética (ou harmonização) orofacial estão habilitados a realizar os procedimentos.
No consultório do dentista, também é possível aplicar o botox para deixar o sorriso mais harmonioso, diminuir a aparição da gengiva e tratar rugas.
Além das finalidades estéticas, ao impedir a contração muscular, o botox ameniza os sintomas de outras doenças, entre elas:
O emprego do botox de forma preventiva visa retardar o aparecimento de rugas e marcas de expressão.
O procedimento preventivo é indicado para jovens entre 25 e 30 anos, período em que é possível perceber um melhor desempenho do produto.
Em todos os casos, é necessária avaliação médica para diagnosticar o quadro e o número de aplicações.
O botox elimina as rugas de expressão e previne o aparecimento de novas marcas. Mas, seu efeito é passageiro e tem duração aproximada de seis meses. Depois que perde o efeito, é preciso reaplicar a substância.
Diferente do preenchimento labial, o botox não serve para aumentar os lábios. Além disso, a ação do produto é indicada no tratamento das rugas mais superficiais. Sendo assim, não oferece bons resultados para tratar as marcas mais profundas de expressão, como, “código de barras” (rugas em cima da boca) e bigode chinês (rugas nas laterais da boca).
Assim como qualquer tratamento médico ou estético, o botox pode apresentar efeitos indesejados. O primeiro e mais comum de todos, é o dano causado por pessoas não qualificadas no momento da aplicação.
Ou seja, se a toxina atingir um grupo de músculos maiores, esses podem ser paralisados; o rosto pode ficar disforme por conta aplicação de quantidades incorretas. Os músculos atingidos podem ficar flácidos e, ao se espalhar pelos tecidos, pode atingir outros músculos ou órgãos.
Outro problema está relacionado à ingestão da toxina, que pode levar a morte por asfixia. Grandes quantidades injetadas podem levar a paralisia de outros órgãos.
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Grande aliado da beleza e da saúde, o botox virou febre no Brasil e tem ajudado muita gente a recuperar a autoestima.